Como resolvi a SII (de VEZ)

 Prometido é devido...

Vou dizer-vos então como resolvi a sii de vez.

Ontem, re-postei uma publicação de 2012 onde demonstrava os primeiros passos para melhorar a minha sii, entre eles um dos mais eficazes foi fazer um diário alimentar para identificar os alimentos aos quais estava intolerante, pois acabamos por conseguir criar um padrão entre a ingestão do alimento e as crises de diarreias...

Depois disso, eliminar esses alimentos foi parte do tratamento, que incluiu obviamente, controlar o stress e ansiedade, fazer exercicio fisico e alimentar-me bem, e no meu caso a suplementação também fez parte...

Agora, se em 2012 eu soubesse o que sei hoje, certamente as minhas melhorias tinham sido bem mais rápidas, isso é certinho.

É por isso que resolvi ressuscitar o blogue e conversar um pouco sobre o assunto, para que outras pessoas que eventualmente estejam a passar pelo mesmo possam recuperar com muito mais rapidez....

Ponto n.º1) A maioria dos médicos não está preparado para tratar devidamente pacientes com problemas intestinais;

Ponto n.º2) Se vocês não aprendem tudo que houver para aprender sobre a vossa doença, vão cair no erro de seguir cegamente as indicações médicas que vos podem deixar com mais problemas do que curas definitivas; Conhecimento gera liberdade, se vocês conhecerem bem a vossa patologia podem questionar os médicos sobre todas as dúvidas e nenhum médico vai ter a coragem de vos prescrever tratamento sem descartar todas as hipóteses e possibilidades de doenças ocultas;

Ponto n.º 3) A cura depende apenas de VOCÊS.

No meu caso, foram 20 anos sem um diagnóstico bem feito.

Sofri, muito, tomei muitos medicamentos, piorei, melhorei temporariamente até que começei a estudar e aprender sobre a minha patologia, aí sim começei a encontrar soluções e os médicos começaram a olhar para mim com outro cuidado, procurando descartar primeiro outras patoligias para depois encararem um diagnóstico...

Descobri a intolerancia à lactose logo nos meus principios de tratamentos, mas nunca nenhum médico gastroentrelogista me mandou fazer, por exemplo, o exame da doença celiaca, fui eu no ano passado(2020) que depois de pesquisar e estudar descobri que os sintomas da sii são muito idênticos àdoençacelíaca e pedi à minha médica de familia para fazer o teste. 

Ela prescreveu me a análise sanguínea à doença celiaca, que me deu negativa...

Resposta imediata  dela -" Não és celíaca, mas deixa de consumir a ver como te sentes...Podes só ser intolerante ao glúten..."

NÃO FAÇAM ISSO!!!!

Desconhecimento dos médicos acontecem imensas vezes e depois ficam mais tempo sem diagnóstico...

Devem fazer a biópsia ao intestino delgado para que sejam retidadas partes para análise e só assim terão diagnóstico válido à doença celíaca.

Muitos médicos desconhecem que mais de 60% dos celíacos dão negativos à análise sanguínea.

Se retiraram o glúten sem fazer a biópsia, como eu... então a solução passa pelo exame genético...

Sai muito caro, este exame não é comparticipado pelo serviço nacional de saúde, eu fiz o exame e lá vieram os halotipos positivos para a doença celíaca...

Ou seja para além de intolerante à lactose sou celíaca... O facto de ter descoberto isto, posssibilitou-me uma "cura" quase instantânea...

No geral eu já tinha uma alimentação considerada equilibrada e saudável (seguindo as indicações da OMS e da roda alimentar)

Retirei o Glúten e consumia alguns lácteos com baixo teor de lactose (iogurtes proteicos, queijos)

Melhorei bastante, mas...

Havia algo que me incomodava e me fazia sofrer muitoooo...

Inchaço abdominal frequente (uma magricelas com barriga de grávida de 6 meses não é propriamente animador), e as cólicas ainda persistiam e vivi o ano de 2018-inícios 2020 cheia de dores articulares, (melhorei das diarreias e dores de barriga nas surgiu um novo problema)...

Encaminhada para reumatologia, fiz todos os exames possíveis pela medicina (médico referiu que nos exames não existia nada que pudesse ser considerado para aquele nível de limitação que eu sentia...

Apresentavaum quadro incial entre bursite e/ou artrite reumatoide, e foi-me prescrito medicação para estas doenças (imunosupressores e anti-inflamatórios) enquanto tomava a medicação andava lindamente, quando a pausa nos medicamentos foi imposta, ao final de 1 semana sem medicamentos as dores voltaram com muito mais intensidade...

A minha limitação era tanta que não podia sentar no chão a brincar com os meus filhos, não podia subir escadas de forma contínua, tinha que parar entre cada degrau pois a dor na anca era tão intensa que era incapaz de aguentar levantar as pernas alternadamente, as simples caminhadas em família eram uma tortura, não dormia porque qualquer posição na cama causava-me dores de morte, andava exausta, deprimida devido às dores e limitações...

Resolvi que assim não era viver...

Não podia ser assim, tinha que haver alguma coisa que eu pudesse fazer para melhorar, ainda sou muito nova para já viver à base de medicamentos e sentir-me como se tivesse 80 anos...

Não podia aceitar, se fosse para ser assim, não queria viver...

É verdade passou-me pela cabeça, só para terem ideia o nível de sofrimento que estava em 2019...

Foi então que depois de pesquisar, estudar e estudar...descobri, através das redes sociais (também têm coisas boas) médicos que são totalmente fora da caixa e que me mostraram que a saude está ligada ao nosso intestino, e nomeadamente a tudo que comemos...

Não tinha nada a perder, agarrei-me com toda a coragem e determinação ao que tinha lido e a minha CURA CHEGOU, através da dieta Carnívora ( fiz alimentação carnívora por 30 dias) e o meu organismo regenerou-se por completo, senti-me tão bem, cheia de energia, de força até a nível mental foi algo transformador para mim.

Por incível que pareça estes médicos e mentores que sigo e acompanho, mostram-nos a verdade sobre a alimentação. A carne não é nem nunca foi inflamatória ao organismo humano, como vendem os media e a industria alimentar....

Nós evoluimos comendo carnes e foi pelas carnes que me Curei...

Depois de 15 dias em carnívora, deixei simplesmente de ter qualquer dor física...

A minha barriga nunca mais inchou, não tinha sequer gases, dormia lindamente, tinha uma energia que nunca conheci, uma capacidade para raciocinar que achava que já não tinha...

Foi, como referi, transformador.

Depois destes 30 dias de carnívora, passei para uma alimentação cetogénica e depois fui introduzindo outros alimentos e passei a adoptar uma nutrição mais lowCarb...

Mas,  atualmente estou a voltar para a cetogénica pois na lowcarb já noto mais inchaço abdominal...

Voltei a retirar lácteos que havia introduzido, pois parece que me causam problemas, mesmo sendo sem lactose...

A maravilha disto tudo, é que consumo uma boa variedade de verduras e nenhuma, absolutamente nenhuma me faz diarreias...

Desde que NÃO coma grãos (ABOLI DA MINHA ALIMENTAÇÃO TODO TIPO DE GRÃOS)...

Ora..

Então, vamos aos factos:

Cada organismo é individual e cada corpo reage de forma diferente aos alimentos.

Eu posso ter sensibilidade a determinados alimentos que vocês não têm, portanto o facto de ter funcionado para mim não significa que funcione com vocês...

No entanto...

Também são factos que:

As carnes não possuem anti nutrientes, nem são inflamatórias (o que as tornam inflamatórias é quando as consumimos com outros alimentos que prejudicam a sua digestão e eficiente absorção pelo corpo);

Estamos naturalmente e biologicamente programados para viver bem de carnes e derivados, aliás o Homo Sapiens evoluiu porque aprendeu a viver da caça;

Nunca ninguém apresentou quadro de intolerância ou alergia a carnes;

Legumes e grãos possuem anti nutrientes (são as defesas das plantas/grãos para evitarem que as suas sementes sejam comidas pelos animais- apenas os herbívoros e as aves estão biologicamente preparadas para os digerir e absorver), que causam inflamação intestinal e permeabilidade intestinal que acabam por dar origem a outras doenças, incluindo doenças autoimunes (têm origem no intestino permeável);

Se estão com vontade de viver melhor, não têm nada a perder...

Testem com o vosso organismo 30 dias de carnívora e depois com calma regressem a uma alimentação cetogéncia ou lowcarb...

No meu caso, a minha saúde situa-se numa nutrição entre ceto-carnívora, quando fujo muitos dias deste género de alimentação começo a ter alguns efeitos secundários.

Não têm nada a perder, e podem sim recuperar saúde e qualidade de vida...

Agora a pergunta é:

Quantos de vós estais disponíveis para abolir os prazeres da boca em benefício de um corpo e mente saudável???

O que de facto é mais importante para vocês?

Comer de tudo um pouco e tomar medicação para tentar contornar a inflamação ou deixar de vez de viver com inflamações?

Tudo depende daquilo que de facto é importante para cada um de vós...